Maratona de cinema

Eu já estava devendo há algum tempo a crítica sobre os últimos filmes que vi no cinema. Vai então agora um big resumo das minhas impressões sobre os 3, e fica a dica para quem ainda não viu.

O 1º filme da lista foi "Senhores do Crime", do David Cronenberg, com o Viggo Mortensen e a Naomi Watts. Já tinha ouvido críticas a respeito do trabalho do diretor - muitas delas boas, por sinal- e o que havia de comum nelas era a presença da violência nos filmes do diretor. E em Senhores do Crime ela está presente, do começo ao fim.

O filme trata da máfia russa em Londres, e nem a presença de Naomi Watts, luminos, como sempre, atenua a extrema violência da história. Já imaginou o rio Tâmisa usado para desova de cadáveres? Pois aqui isso acontece, e com frequência alarmante.

Os respeitáveis comerciantes russos a noite tornam-se bandidos cruéis, cometendo toda uma série de abominações. Entre eles, o personagem do Viggo Mortensen, que é o pau-mandado do chefão.

Ver ele totalmente insensíevel (Botox? I don't think so...) ao ver todos os absurdos cometidos ao seu redor não me pareceu o suficiente para uma indicação ao Oscar.

Sinceramente, deu saudade do Aragorn de O Senhor dos Anéis. Para mim, também é injustificável ele ter voltado a interpretar os personagens inexpressivos que ele fazia antes de encaranar o rei da Terra Média.

Estava super ansioso para assitir "Elizabeth- A Era de Ouro", embora o tralier não tenha me empolgado muito. Me pareceu mais uma superrpodução cara e com um quê de vazia. Felizmente, essa expectativa se revelou falsa, e o filme me empolgou muito, desde o começo. Lembra das aulas de história no ensino médio? Pois elas s erão úteis aqui.

A história começa em 1585, época em que a Europa estvava dividida entre católicos e protestantes, e mergulhada nesse conflito religioso. A temática central do filme é essa, ao enfocar Elizabeth I como uma rainha tolerante e de certo modo frente do seu tempo. Sua luta para proteger a Inglaterra da intolerância do rei católico Felipe da Espanha é o ponto alto do filme, assim como suas saídas hábeis contra os conspiradores que tentam tirá-la do poder a qualquer custo.

As cenas da batalha naval que decidiu o destino da Inglaterra são impressionantes. Mesmo sendo conehcida como a Invencível Armada, a frota de guerra espanhola perdeu e marcou o começo do declínio espanhol na Europa.

Cate Blanchett está perfeita, como sempre. Outro ponto alto do filme é conflito - no filme eles não faltam- entre Elizabeth e sua prima católica Mary Stuart ( deliciosamente interpretada pela Samantha Morton), que ela manda executar por traição. Ainda estão no elenco Geiffrey Rush e Clive Owen.


O último filme da lista é o novo longa do Mike Nichols, ''Jogos do Poder", com o Tm Hanks e a Julia Roberts. Desde "Closer" que eu virei fã do diretor, e passei a assistir os filmes anteriores dele, a maioria deles muito bons. O que infelizmente não se repetiu no caso de Jogos do Poder.

Nem só de um bom diretor vive um bom filme, e isso fica evidente para quem viu "Quem tem medo de Virínia Woolf?" "Uma secretária de futuro". Jogos do Poder é bem dirigido e editado, embora este não seja o ponto alto do filme. Essa é uma história que merece ser vista pelo seu tema e sobretudo, pelos seus personagens.

O senador Charlie Wilson (Hanks) é o típico político brasileiro, ao qual todos nós estamos acostumados, pois este é uma figura que já faz parte do nosso folclore. Charlie usa da sua influência para financiar a resistência afegã contra a União Soviética, quando esta invade o país, no começo dos anos 1980. Charlie foi um dos responsáveis pela vitória, e embora não pareça, a história é tão verídica quanto suas estripulias nos bastidores do poder de Washington, que incluia noitadas com garotas digamos... de vida fácil ( você setsão vendo meu esforço para manter o niveau) e encontros com a elite do poder americano.

A personagem da Julia Roberts é um show à parte, e só ela já basta por um elenco inteiro. Descrita como " a 6º mulher mais rica do Texas" Joanne Herring é uma socialite que não só acostumada a lidar com festas e vestidos caros. Um dos seus hobbies prediletos é arquitetar maquinações e arranjos políticos.

Juntos ela e Charlie conseguem que o senado americano apóie a iniciativa, responsável pelo começo do fim do império soviético. Os resultados puderam ser conferidos a partir do dia 11 de setembro de 2001. Mas essa já é uma outra história.